Terça, 15/12/2020 6:24.
Por Eduardo Gayer e André Marinho
O Colégio Eleitoral americano sacramentou, há pouco, a vitória do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Com a confirmação do triunfo na Califórnia, o democrata soma 302 votos no Colégio Eleitoral, acima dos 270 necessários para tomar posse em 20 de janeiro. A expectativa é de que, até o fim do dia ou no início da madrugada desta terça-feira (15), ele reúna os 306 delegados conquistados nas eleições presidenciais de novembro.
Seguindo o rito constitucional, os 538 delegados do Colégio Eleitoral se reúnem nesta segunda-feira (14) para depositar nas urnas seus votos para presidente. Esta etapa é considerada uma formalidade, mas adquiriu importância neste ano diante da contestação, sem provas, da lisura do pleito por parte do atual presidente, Donald Trump. O mandatário da Casa Branca obteve 232 votos no Colégio Eleitoral.
Depois disso, as cédulas seguem para Washington e serão somadas apenas em 6 de janeiro, quando, em sessão do Congresso, o presidente do Senado e vice-presidente, Mike Pence, deve proclamar oficialmente o nome do novo presidente americano e da vice-presidente, Kamala Harris.
Biden pretende discursar sobre a vitória no Colégio Eleitoral ainda nesta noite, às 21h30 de Brasília.
Trump, por outro lado, já afirmou que pretende lutar até o fim para reverter o resultado do pleito. Na semana passada, a Suprema Corte rejeitou duas ações judiciais que tentavam invalidar a votação em estados cruciais, entre eles Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin – todos vencidos por Biden. Mesmo assim, o republicano sustenta que continuará a batalha jurídica.
Brasil
A confirmação do êxito de Biden pelos delegados tende a repercutir no Brasil. Aliado de Trump e descolado de outras lideranças mundiais, o presidente Jair Bolsonaro ainda não cumprimentou o democrata e, a interlocutores, disse que só viria a fazê-lo após a votação no Colégio Eleitoral.
Em discurso, Biden comemora e prega união do país
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, comemorou a confirmação nesta segunda-feira, 14, pelo Colégio Eleitoral de sua vitória nas eleições de novembro. “A chama da democracia foi acesa nessa nação há muito tempo. E agora sabemos que nada, nem uma pandemia ou abuso de poder, pode apagar essa chama”, afirmou, em discurso televisionado há pouco.
O democrata ressaltou que, durante o processo, a confiança da população nas instituições democráticas se manteve intacta, bem como a integridade do pleito. “Agora, é hora de virar a página. Para unir. Para curar”, comentou, acrescentando que pretende governar para todos os americanos, inclusive os que votaram no presidente Donald Trump.
Biden destacou “o trabalho urgente” à frente de controlar a pandemia e vacinar as pessoas contra o coronavírus. Também ressaltou a necessidade de garantir “ajuda econômica imediata” para os americanos mais afetados pela crise. “Hoje, nossa nação ultrapassou uma marca sombria: 300 mil mortes por coronavírus. Meu coração está com todos que perderam alguém”, declarou.
O presidente eleito criticou a batalha jurídica de Trump para reverter o resultado das eleições e classificou de “espantoso” o apoio de congressistas republicanos a uma ação judicial iniciada pelo Texas. “Felizmente, uma Suprema Corte unânime rejeitou esses esforços”, comentou o ex-vice-presidente, que disse ainda que “a democracia e o Estado de Direito prevaleceram”.
via: Página 3